domingo, 30 de novembro de 2008

Retrospectiva de Novembro



Parece que se tornou moda, mas é pura coincidência, uma vez mais tivemos motivos para fazer mais um balanço com lembranças de alegria: no dia 15 de Novembro, Yndongah, celebrou mais um aniversário natalicio. Para sua surpresa, foi agraciada com inúmeros votos de longa vida dos amigos do Vasikate e, estranhamente, nenhum perguntou quantos anos ela fazia!

Ainda nesse mês, a Avid, que à sua entrada, na banda das Vasikate, já tinha levantado poeira e aguçado vorazes apetites, confessou-se “n’sikate doidinha” tendo-nos brindado com posts ligths, cheios de humor e muito reflexivos, isto se comparado ao seu habitual cardápio picante nos Momentos de Vida.

Acima de tudo tiveram lugar, em Novembro, acesas discussões sobre assuntos que, curiosamente, são menosprezados em momentos quentes talvez porque se são usados habilmente escondidos de olhares públicos: o soutien e o preservativo feminino que nos fizeram conhecer um novo amigo, o Emidio Gune.

Quando parecia que o mês ia acabar tranquilo, eis que a aniversariente de fresco nos sacode com um post com teor delicado, para muitas mulheres e suas familias, e que nos deu a conhecer experiências pós-parto sendo que a da Nini, uma n’sikate que esperamos que tenha vindo para ficar (fica sim, é xibalo!) e da n’sikate doidinha, carimbaram a pertinência do tema.

Eis-nos pois no inicio da última curva do ano, que esperamos que seja gloriosa para nós vasikate, nossos amigos e visitantes.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

NÃO à violência contra mulheres!



A história da Ana

Nos primeiros anos de casados vivia bem com o meu marido. Aos poucos ele foi mudando. Discutia comigo por tudo e por nada. Pensei que era devido à falta de dinheiro. Nunca soube quanto ele ganhava mas arranjei uma banca no mercado para ajudar nas despesas da casa. As coisas melhoraram um pouco, mas depois passou a bater-me e proibiu-me de vender.

Hoje nem me deixa sair de casa. Sinto-me abusada porque fico fechada em casa à espera da ajuda dele. Mas ele já não faz nada por mim. Diz que não vale a pena confiar numa mulher preguiçosa e gastadora.

Sinto-me sozinha, uma prisioneira que sofre e que não tem voz na própria casa. Já não consigo discutir com ele e por vezes sinto-me tão triste a ponto de ter vontade de morrer, pois o meu marido está a matar-me aos poucos!” in N’weti (1ª edição 2008, Conversando é que a gente se entende, p. 17)

A violência doméstica é um circulo vicioso e pode variar na sua expressão até chegar ao seu extremo ou ao ponto do que se plasma chamar violência doméstica, a fase da agressão fisica! Numa primeira fase, a tensão acumula-se no homem, pouco depois, o caos se instala e, diante dos estragos, vem o arrependimento e com ele as pazes são refeitas.

Ao contrário do que muitos pensam, a violência contra a mulher, pode se expressar de variadas formas que não aquela que é a mais comum, a violência fisica. Pode ser verbal (insultos e outras palavras que minam a auto-estima da mulher) ou económica (não permitindo o homem que a mulher desenvolva alguma actividade de geração de rendimento).

Há também a violência social (onde o homem proibe a sua mulher de conviver com as pessoas, incluindo sua própria familia), violência sexual (que resume qualquer forma de contacto sexual não desejado pela mulher) e a violência psicológica e/ou emocional (humilhações, ameaças, insultos e outros).

É verdade que alguns homens são também alvo de violência doméstica, mas as mulheres são, sem sombra de dúvida, as que mais sofrem com ela pelo que a Assembleia das Nações Unidas fixou o 25 de Novembro como o dia Internacional para a eliminação da violência contra a mulher. Mas também, nao é menos verdade que tantos outros homens lutam pela NAO violencia contra as mulheres!


domingo, 23 de novembro de 2008

Arroz de vegetais


Depois de algumas semanas desaparecida eis me aqui de volta para vos apresentar mais uma sugestão.Hoje vamos preparar um arroz de vegetais, como sempre muito simples vejamos:

Ingredientes

350g de arroz, 5 colheres de sopa de azeite,1 cebola grande picada, milho (de 2 maçarocas), 150g de feijão verde 2 cenouras, ½ lata de ervilhas,sal qb,

Preparação:
1.Corte a cenoura e o feijão verde em cubos, ponha a cozer juntamente com o milho, escorra e reserve.
2. Aqueça o azeite, junte a cebola e deixe aloirar de seguida junte o arroz e deixe fritar, a seguir deite a água fervida e o sal. Quando estiver cozido retire o arroz do lume e junte os vegetais ja cozidos.

Nota: Se quiser acrescente ao arroz passas de uva seca, previamente demolhadas durante 2 horas.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Depois do parto (1)

Sexualidade (A)


Depois do parto tudo muda na vida familiar, especialmente na da mulher: por um lado há a amamentação, os cuidados com o bebé, as noites sem dormir,acompanhadas muitas dúvidas que diminuem a vontade de retomar a actividade sexual devido, por exemplo, o medo da dor. Além disso, quando a mulher amamenta, ela aumenta a produção de um hormonio chamado prolactina, que é responsável pela produção de leite materno, e que por sua vez faz cair a produção de testosterona na mulher, este último responsável pelo desejo sexual.

Por sua parte, o marido ou companheiro, com o tempo, fica ansioso por uma noite de sexo enquanto que a sua cara metade está totalmente sintonizada no bebé, e por isso nem lhe passa cartão, chegando ao extremo de o achar insensível e logo surge a indagação, por vezes silenciosa e outras aos gritos: “Não pensas em mais nada?”

Nestes casos, o marido é quem deve equilibrar a situação, evitando que a mulher fique obcecada pelo seu papel de mãe, esquecendo-se dos deveres matrimoniais. A “pressão” do marido, quando exercida de forma carinhosa, é benéfica, pois ajuda a resgatar na esposa a mulher-esposa sem excluir a mulher-mãe, afinal o mundo não é apenas o bebé. Mas, atenção, o sexo não é só uma questão física mas também psicológica, e nesse sentido a mulher pode demorar mais a "estar pronta".

Mas a grande questao é "Quanto tempo de resguardo deve haver para a retomada da vida sexual após o parto?" Antigamente, quando voltassem da maternidade, as nossas avós dormiam na esteira, ao lado da cama da nova mama, durante os primeiros 3 meses de vida do bebé, dizendo que era para não o machucar mas, na verdade essa era uma medida preventiva, para evitar as tentações carnais dando distanciamento fisico ao casal.

Hoje, já não se precisa ficar muito tempo para se recuperar, quanto mais tranquilo for o parto e sem intervenções cirúrgicas, mais rápida será a recuperação, chegando a levar menos de 15 dias. Há obstetras que orientam para um resguardo entre 40 a 60 dias, o importante é a mulher voltar a sentir-se bem depois da cicatrização dos pontos.

Infelizmente, as palestras que eram ministradas nos Centros de Saúde e que eram o melhor ambiente para este tipo de questões, desapareceram. Nessas palestras, não só se falava dos cuidados a ter com o bebé mas também de como a mãe deve se cuidar para evitar que a chegada do bebé interfira no relacionamento do casal.

É importante salientar que esta atitude da mãe não é intencional, ela sente-se tão feliz e emocionada com a chegada do bebé, que acha que este supre a necessidade que ela possa ter de afecto pelo que é importante que o papá compreenda isso, e crie cenários que estimulem a mulher. A relação sexual não se resume apenas no coito existe uma gama de possibilidades para se relacionar sexualmente, os beijos, as caricias, as expressões verbais entre outros criam um bem estar e são essenciais neste momento da relação.

Da mesma forma que a mulher tem as suas razões para não querer sexo, o homem tem as suas para querer. Aí, ao invés de procurar socorro numa Casa 2 a única saída é cada um compreender e respeitar a razão do outro, e juntos chegarem a um acordo. O objectivo tem de ser o de abrir espaço para o relacionamento no dia-a-dia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

;o)


Já perceberam que eu sou a doidinha aqui do Vasikate né? Pois, pois… assuntos sérios é com as meninas hehehehe, euzinha continuo a vaguear pelos azuis (ou negros, dependendo dos dias) da vida. Um Lindo começo de semana para todos, por isso vamos lá rir um bocadito, afinal é segunda-feira e ninguem precisa de nada muito profundo. Concordam? Bjs meus…


"Querida, escrevo para dizer que vou te deixar. Fui bom marido por 7 anos. As duas últimas semanas foram um inferno. O seu chefe me chamou para dizer que você tinha pedido demissão e isto foi a gota.

Na semana passada, nem notou que não assisti ao futebol. Te levei na churrascaria que mais gosta. Chegou em casa, nem comeu e foi dormir depois da novela. Não diz que me ama, nunca mais fizemos sexo. Está me enganando ou não me ama mais."

PS: Se quiser me encontrar, desista! A Júlia, aquela sua 'melhor amiga' da academia e eu vamos viajar para o nordeste e vamos nos casar!


Ass: Seu Ex-marido.


Resposta:

"Querido ex-marido, nada me fez mais feliz do que ler sua carta. É verdade, ficamos casados por 7 anos, mas dizer que você foi um bom marido é exagero. Vejo a novela para não lhe ouvir resmungar a toda hora. Reparei que não assistiu futebol, mas com certeza, foi porque seu time tinha perdido e você estava de mau humor.

A churrascaria deve ser a preferida da amiga Júlia, pois não como carne há dois anos. Fui dormir porque vi que a cueca estava manchada de batom. Rezei para que a empregada não visse. Mas, com tudo isto, ainda o amava e senti que poderíamos resolver os nossos problemas. Assim quando descobri que eu tinha ganhado na Loteria, deixei o meu emprego e comprei dois bilhetes de avião para o Taiti, mas quando cheguei em casa você já tinha ido. Fazer o quê? Tudo acontece por alguma razão.

Espero que você tenha a vida que sempre sonhou. O meu advogado me disse que devido à carta que você escreveu, não terá direito a nada... Portanto, se cuida!

PS: Não sei se lhe disse, mas a Julia, minha 'melhor amiga', está grávida do Jorginho, nosso personal. Espero que isto não seja um problema...

Ass: Milionária, Gostosa e Solteira.

sábado, 15 de novembro de 2008

Parabéns, Yndongah!




N’sikate de riso fácil, conversar fluido, ideias excepcionais e com uma virtude de fazer inveja a muitas vasikates, saber ouvir e aceitar reprimendas e elogios com a mesma receptividade, Yndongah, celebra, a 15 de Novembro, o seu aniversário natalicio.

Yndongah, nick pelo qual plasmou-se chamar, é uma n’sikate divertida, inteligente e expontânea. Modesta, curiosa e humilde o q.b., Yndongah, é meticulosa nos seus actos e, em particular, na sua postura de n'sikate de armas na blogsfera.

Iniciada, recentemente no lado activo do mundo Blogger, um pouco contra sua vontade pessoal, sublinhe-se,
Yndongah, como n’sikate que sabe “amarrar capulana”, encarou o desafio de frente e hoje é pedra basilar do Vasikate va Moçambique e conquista o seu espaço na blogsfera feminina nacional e, quiça, não só.

Neste momento, em que as palavras certas e bonitas fogem, a voz se embarga e os dedos se retorcem, não obedecendo ao pensamento, para dedilhar uma homenagem, comme il faut, a esta n’nsikate que admiro e respeito, mais não resta do que desejar longa vida
: Parabéns, Yndon!

PS: Como não podia deixar de ser, primosa, dedico-te umas estrofes sem rima, no local onde tudo começou, no
Nó da capulana

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O Soutien


Ou soutiã???

Toda mulher gosta de sentir bela, e não basta só estar por fora, é importante que a beleza exterior seja complementada pela interior!

O soutien é uma das peças mais essenciais no guardafato de uma mulher! Apesar de escondido, este acessório para além de ter papel estético muito importante é usado como uma verdadeira arma de sedução, principalmente entre nós que a cirurgia aos seios ainda não chegou.

Devo dizer que encontrar o número e o tamanho certo de soutien muitas vezes é uma autentica dor de cabeça! E, se a compra não for feita com o rigor necessário os resultados podem ser desagradáveis. Normalmente, não escolhemos roupas para usar com o soutien, mas sim o contrário, escolhemo-los de acordo com as roupas que vamos vestir, por exemplo, compraremos um de alças transparentes -silicone -ou um sem alças, vulgo tomara que caia, se a roupa que vamos vestir for sem alças, podemos comprar os que salientam os seios se a roupa for mais decotada, etc.
Temos visto mulheres principalmente quando vestem roupa justa parecem ter 4 seios! A primeira explicação para isto é de que o soutien que usam é pequeno, é preciso comprar outro maior, mas aí é que está o problema pois, muitas vezes torna-se difícil encontrar um em que o tamanho dos seios e do tórax sejam proporcionais. Ou o soutien sobe pelas costas meu Deus!!! Não existe coisa pior, isto sucede por duas razões: Ou é grande-pode ser pela desproporcionalidade acima referida- ou está gasto e precisa ser substituído.Outro sinal de que ele precisa ser substituído é quando o arame que segura os peitos sai da costura e fica encravado no corpo.
O mercado de venda de soutiens evoluiu muito, podemos encontrá-los na rua com vendedores ambulantes, em lojas, nos mercados e até nas xicalamidades. Antigamente, eles eram criados usando um molde padrão com o único objectivo de “guardar as mamas”, hoje, existem soutiens para vários fins, uns são todos estofados, servem para dar um enchimento as mulheres de seios pequenos, outros tem a esponja colocada estrategicamente de modo a produzir o efeito “pull up“ especialmente quando usados com um decote e também os mais simples e discretos que servem para manter os peitos em pé.
Outro aspecto interessante na evolução dos soutiens diz respeito aos adereços, ultimamente eles são muito bem enfeitados com folhinhos, rendas, flores e até com joias!
Victória Secretes é uma marca famosa de lingeries e produtos de beleza, recentemente, lançou o 2008 Black Diamond Fantasy Miracle Bra, um souten criado pelo joalheiro Martin Katz. A peça (na imagem) vale USD 5.000.000!
Sim isso mesmo, não me enganei nos zeros! Ele contém 3575 diamantes negros, 117 diamantes brancos redondos, 34 rubis e para finalizar 2 diamantes negros em forma de gota, totalizando 100 quilates...O peso total do soutien é de 1500 quilates!
Para melhor entenderem, quem o usa carrega nos seus peitos 8 casas no Belo Horizonte, 11 no Triunfo, os carros que aparecem no videoclip do último hit do MC Roger e algo mais!
Pois é, o soutien até é lindo de morrer, mas deve pesar um pouco, ademais, sendo uma peça interior as únicas pessoas para quem as mulheres podem exibi-lo são os maridos/namorados, só que eles preferem-nas sem ele....

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Preservativo feminino: a solução ?



O fraco ou nulo poder de negociação feminino tem sido um dos factores que tem feito com que o número de mulheres infectadas ou seropositivas não pare de aumentar mesmo estando estas cientes dos riscos que correm em relações sexuais não protegidas e a estrutura dos genitais femininos não contribue muito para que estas tenham prazer sem riscos.

As alegações de muitos homens, cujas mulheres solicitam o uso do preservativo no acto sexual, têm sido de que com “o plástico não se tem prazer” ou que “banana com casca não anima”. Alguns vão ao extremo de acusar a mulher de viver promiscuamente pelo que está se segura no preservativo para se fazer passar por santa, logo a camisinha como protector fica descartado pois a mulher quer provar que não é nada do que se lhe chama.

O preservativo feminino, apesar de ser a melhor alternativa para a mulher se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis, pouco é procurado por falhas de promoção, elevado custo e o seu aspecto desagradável. Face a isto, pode-se correr o risco de afirmar que os poucos preservativos femininos usados no nosso país são-no por fazer parte de tímidas campanhas de ONG’s e governos de países onde estes não tiveram sucesso.

Outro factor a ter em conta, é que este não é visto como uma alternativa ao preservativo masculino e perde ainda mais pontos por não ser, como tanto gostamos, alvo de distribuição gratuita nos nossos centros de saúde. Isto é extremamente prejudicial se levarmos em conta que o preservativo feminino é mais eficaz, por ser mais espesso e ter uma área de cobertura mais abrangente.

O preservativo feminino é um método contraceptivo de barreira sob forma de uma bolsa de poliuretano que se ajusta na vagina que protege contra várias doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Quando o preservativo estiver em posição durante a relação sexual não há nenhum contato da vagina e da cérvice com a pele do pênis ou suas secreções e pode ser inserido até 8 horas antes do sexo.

Mas, sendo que não há bela sem senão: ele pode fazer um pouco mais de barulho durante a relação sexual. A colocação não é tão simples quanto a versão masculina, exigindo um pouco mais de concentração na colocação. Depois de colocada, uma pequena parte fica visível fora da vagina, criando uma aparência um pouco esquisita para quem não está acostumado tal como o preservativo masculino que também já deve ter causado quando começou a ser utilizado!

Mulheres, joguem com os vossos trunfos! Se na hora da negociação não conseguirem se impor, usem a única alternativa para a mulher se proteger quando um parceiro não quer usar preservativo masculino: o preservativo feminino pois o poder de decisão na hora do sexo, que é uma escolha de vida, ainda está em nossas mãos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mulheres Possiveis


"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor..
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo..
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".

Martha Medeiros ( recebi por e-mail)
Frase da semana: Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer. Drummond

sábado, 1 de novembro de 2008

Retrospectiva d'Outubro

Uf! E lá se foi outro mês. Apresentamo-os com um novo template, mas a nossa profunda alegria advém da entrada de outra n’sikate, Avid, do Momentos de Vida, e segundo porque finalmente sentimos que o nosso trabalho vale a pena, isto pelo feedback havido nos assuntos aqui expostos e não só.

Não podemos deixar de nos regojizar pela projeção recente feita pelos blogs de Patrício Langa e Egidio Vaz, sem querer, evidentemente, subestimar o mesmo exercício feito, aquando do lançamento do Vasikate pelo Bosses, Reflectindo e Dedé e a grande e inestimável forca, nos bastidores, do Navegador solidário, saboroso e poeta.

Continuamos apreensivas pela pouca participação de vasikates, aliás o espaço é a elas dedicado, mas acreditamos que os vavana (Jonathan, Saiete, Shirangano, Muthisse e todos outros) fazem a sua parte, não só participando activamente como também passando uns recadinhos nossos as vasikate lá em casa. Aliás, prova disso é que seguindo nossas dicas, o blogger do Modaskavalu já se encontra em franca recuperação de forma...

A nossa caminhada no mundo blogger, como em tudo em nossas vidas, não foi, não é e nem se pretende que seja uma caminhada pacifica: é um caminho de desafios. Inúmeras foram às vezes em que pensamos desistir, mas a persistência e a forca foram às mãos que levantaram uma outra e outra vasikate quando as forças quase faltavam.

Hoje, apesar de todas as vicissitudes, sentimo-nos um pouco mais fortes e com energias para continuar nesta empreitada que tem como objectivo contribuir numa nova forma de ser e de estar reflexiva na vida das Vasikate va Mocambique. Já não basta “engolir” pratos feitos ou confeccionar receitas propostas, é tempo de discutir, partilhar e enriquecer a nossa forma de pensar e de ver o mundo.

Para finalizar este balanço, queremos uma vez mais reiterar a nossa vontade em contar com ajuda e apoio de todos. E, antes do ponto final, kanimambo a todos!