quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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Não sou adepto de enxergar o mundo como se fosse a primeira vez, muito menos enxergar o mundo como a última vez. Não caio na conversa fiada de estréia e de despedida. Despedir não é terminar - é procurar iniciar de um jeito diferente. Sou homem do durante. Do meio. Do decorrer.

Nada contra quem pensa o contrário, mas é um pouco de soberba inaugurar ou fechar o mundo. Quando se ama uma mulher, é preciso a safadeza, a vontade sem pudor, o desejo diabólico, a tara. Não se conter, não se represar. A ânsia, a violência e a obsessão são permitidas. Mas tudo será grosseria desacompanhada da pureza. Pureza é autenticidade. Não fingir, não disfarçar, não dizer o que não está sentindo.

Já ouvi muito que sexo não é seguir a cabeça e deixar as coisas aconteceram. Sexo seria não pensar. Não concordo, sexo não é inconseqüência, é conseqüência da gentileza. Conseqüência de ouvir o sussurro, de ser educado com o sussurro e permanecer sussurrando. Perder o pudor, não perder o respeito. Perder a timidez, não perder o cuidado. Sexo é pensar, como que não? E fazer o corpo entender a pronúncia mais do que compreender a palavra. Como se não houvesse outra chance de ser feliz. Não a derradeira chance, e sim a chance. Uma mulher está sempre iniciando o seu corpo. Toda a noite é um outro início. Toda a noite é um outro homem ainda que seja o mesmo.

Não se transa com uma mulher pela repetição. Seu prazer não está aprendendo a ler. Seu prazer escreve - e nem sempre num idioma conhecido. Ela pode ficar excitada com uma frase. Não é colocando de repente a mão na coxa. Ela pode ficar excitada com uma música ou com uma expressão do rosto. Não é colocando a mão na sua blusa. Mulher é hesitação, é véspera, é apuro do ouvido. Antever que aquelas costas evoluem nas mãos como um giz de cera. Reparar que a boca incha com os beijos, que o pescoço não tem linha divisória com os seios, que a cintura é uma escada em espiral.

É comum o homem, ao encontrar sua satisfação, recorrer a uma fórmula. Depois de sucesso na intimidade, acredita que toda mulher terá igual cartografia, igual trepidação. Se mordiscar os mamilos deu certo com uma, lá vai ele tentar de novo no futuro. Se brincou de chamá-la de puta, repete a fantasia interminavelmente.

Assim o homem não vê a mulher, vê as mulheres e escurece a nudez junto do quarto.

Amar não é uma regra, e sim onde a regra se quebra.

Não se come uma mulher, ela é que se devora.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Feliz aniversário Ximbitane



A vida dá muitas voltas, e nela encontramos pessoas que nos marcam e se tornam muito especiais em nossas vidas.
Aconteceu assim com a Xim, comecei por gostar da sua forma de escrever e de se expressar e, aos poucos foi-se desenvolvendo uma relação que hoje que rompeu a fronteira dos meros laços familiares.

Foi através de ti, Xim, que comecei a dar os primeiros passos na blogosfera. Contigo aprendi, e continuo aprendendo muito nesta arte de escrever. Admiro te, sobretudo, pela tua determinação e optimismo. Recordo-me que sempre tive reservas em relação a criação do blog, e tu sempre me transmitiste confiança para seguirmos em frente.

Pouco tempo depois do lançamento do blog, e como corolário da fraca aderência das vasikates, cheguei a propor-te que desistíssemos do projecto mas esbarrei-me com a tua firmeza.

Apesar de não estar no meu horizonte pretender fazer o historial deste blog,
esta introdução pareceu-me necessária para que outros possam compreender a importância que o blogue teve no fortalecimento da minha amizade com a Xim.

Neste dia tão especial, gostaria de ter a capacidade de traduzir, nesta postagem, o carinho que sinto por ti. Sempre estiveste comigo nos momentos difíceis e sempre me dirigiste palavras amigas para me encorajares e me transmitires ânimo e incentivo. Nabonga ngutu nkoma wangu, é para mim uma grande honra, ter-te como amiga.

FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGA e que Deus te conceda saúde e força para que sejas feliz em todos os dias da tua vida.
Para terminar convido todos os visitantes do blog para fazermos uma roda bem à moda machope e dançarmos a “makhara” .


domingo, 25 de janeiro de 2009

Molotof



Ingredientes


• 8 claras
• 125g de açúcar
• caramelo liquido
• Manteiga para untar a forma


Preparação


Bata as claras e quando estiverem quase em castelo misture-lhes o açúcar aos poucos.
Continue a bater e logo que estejam em castelo bem firme adicione o carmelo aos poucos até obter uma cor "café com leite". De seguida verta para uma forma untada com manteiga.
Deixe cozer por cerca de 15 min numa panela em banho maria. Caso use um forno este deve ser pré aquecido a 180˚C.Depis de cozido deixe repousar o molotof durante 15 minutos com a tampa da panela meio aberta, desenforme num prato fundo e sirva frio.

Creme (Opcional)

Ingredientes


• 150 grs. de açúcar
• 1 copo grande de leite
• 8 gemas

Preparação


Leve o copo de leite a ferver juntamente com o açucar, retire do lume e reserve.
Depois de frio, junta-se-lhes as 8 gemas, e leva-se ao lume brando ate levantar fervura mexendo sempre, em seguida verta por cima do molotof.

Bom Apetite

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sogra da... outra


Quando se fala da mãe do nosso mais-que-tudo muitas vezes a porca torce o rabo, sobretudo pela negativa, o que muitas vezes condiciona a paz e sossego do casal. Mas, ainda assim, há casos e casos e há sogras excepcionais que são e sabem ser verdadeiras mães para com a mulher que o seu filho escolheu para esposa.

A sogra é aquela mulher que trouxe ao mundo aquele homem, o nosso eleito ou o que nos elegeu e merece, por essa grandiosa razão, todo o respeito e amor por parte de sua nora e... blá, blá, blá. Aliás, diz-se muitas vezes, no kulaya (cerimónia de aconselhamento da récem-casada) que é esta quem passa a ser a mãe da mulher que forma o seu próprio lar.

Sogras há de vários tipos e feitios, não feitas sob encomenda, infelizmente, mas existem as sogras-mães, as sogras-sogras, as sogras-chatas, se assim se podem designar, e, ultimamente tem surgido um tipo de sogra especial e cheia de visão do que é bom e melhor para o seu filho que não a sua livre(?) escolha: a sogra da outra ou pró-outra.

Que os seus “filhotes” nunca foram uns anjinhos, ninguém está em melhores condições de o confirmar do que a mãe do mesmo ou seja a sogrona. Mas, venhamos e convenhamos, mãe que é mãe nunca aceita que se aponte o dedo para o seu rebentão como o mau da fita, mesmo que o apanhem com a boca na botija.

É lógico e, sejamos coerentes mulherio, em breve desempenharemos o mesmo papel, quando os nossos bebés se tornarem marmanjos de barba rija e autênticos rabos-de-saia. Poucas de nós teremos ou daremos voz para pôr nas mentes dos nossos rapazes, conceitos como fidelidade e respeito.

Algumas sogras tem o desplante de inventar histórietas para acobertar as canhalhices dos filhos que elas mesmas carimbam sem nenhum remorso. E as noras-outras mais não fazem do que agradecer, retribuindo com muito carinho, passeatas e distribuição de bens e valores monetários pelo presentão oferecido pela nova “mamã”.

Idas com as “noras novinhas em folha” ao curandeiro para “tratarem da sarna da chata da sicrana que não é digna do meu filho”, também fazem parte das trapaçadas criadas pela sogra da outra ou pró-outra. Mas, mea culpa, algumas mães também acobertam a existência de Bancos de suas filhas. Bom é lindo ver, sogra e nora a entenderem-se perfeitamente, mas castelo construido na lama...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Infidelidades




Meus quidos... sempre ouvi por aí que os homens são muitissimo mais infiéis que as mulheres. Estamos todos de acordo com esta famosa tese?

Li por ai na net, que isso se justifica nas ciências e que, segundo um estudo feito pelo Instituto Karolinska de Estocolmo na Suécia um dos culpados pela infidelidade dos homens é um gene, o Alelo 334, que administra a vasopressina, hormona que se reproduz naturalmente através, por exemplo, dos orgasmos. Desta forma, os homens que possuem esta variante do gene dificilmente conseguem manter uma relação estável.

Ups... (parei para respirar)... este estudo, para os infiéis pode-se tornar numa desculpa, ao nível cientifico, de que “Uma pulada de cerca” será culpa do tal Alelo 334 e não do próprio “infiel”!! A análise aconteceu durante pelo menos cinco anos com pares heterossexuais - mais de mil, dos quais 550 eram gémeos - que relataram em testes psicológicos se sentiam-se felizes, como era sua convivência, se riam ou beijavam frequentemente e sobre o futuro de sua relação.

Resumindoooooooooo.....a pesquisa tenta provar os motivos da promiscuidade masculina foi iniciada em ratos do campo machos (que são monogâmicos) e depois em alguns homens, inclusive os tais gémeos que evidenciaram comportamentos distintos face a presença do tal Alelo 334.

E ai, cuecas de plantão, vão-se agora aproveitar do vossos Alelos 334 como desculpa para aquela "escapadela"???
E nós meninas vamos aceitar desculpas tão...tão...inteligentes? Ou vamos ter de encomendar uma pesquisa para os nossos...alelos???

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Depois do parto (3)


...A depressão


“(...)Perante esta situação cheguei a pensar que ele havia perdido interesse por mim. E a falta de preocupação pelo sexo por parte dele, deixava-me cada vez mais preocupada. Comecei a pensar que ele já vinha “satisfeito” das suas andanças. Passei a ter ciumes da minha filha, pelo carinho e mimos que ele dava e passei a sentir-me como mãe da filha e não esposa(...)”Nini.


A Depressão Pós- Parto (DPP) embora seja um fenómeno que pode ocorrer tanto nos homens como nas mulheres, é sobre elas (as mulheres) que recaiem as minhas atenções como veremos ao longo do texto.Uma das razões da escolha é que este ‘fenómeno’ está cada vez mais visível nos dias que correm, mas que me parece pouco falado entre nós. Sendo assim, sem querer entrar em discussões académicas, me proponho discutir de forma aberta convosco.Não terminarei este post sem dar uma incursão ao lado masculino.”Mas por agora vamos começar do começo”


O que sentimos quando não conseguimos interpretar o choro do bebé sendo invadidas pela sensação de incapacidade a ponto de desatarmos a chorar junto com ele? O que sentimos a primeira vez que nos olhamos ao espelho depois de voltar da maternidade?O que sentimos quando experimentamos aquela jeans que guardamos na mala aos 4 meses de gravidez e ela simplesmente não atravessa o joelho?E o medo por ter uma vida nova nas “nossas mãos”?O medo de não voltarmos a ser como eramos antes? Será que temos que ser como eramos antes?E a impressão de que algo de mal vai acontecer?A dificuldade em habituar-se a nova rotina?E.....? Tudo isto e muito mais pode transformar os primeiros meses de chegada do bebé num ‘’pesadelo’’, para algumas de nós.


Que o nascimento de um bebé traz alegria para a família, em geral e para o casal em particular, não restam dúvidas porém, em alguns casos pode trazer consigo uma angustia profunda na mãe e não só. Sintomas como desespero, ansiedade, mudanças bruscas de humor, indisposição, falta de vontade de cuidar do bebé e de sair a rua entre outros, são comuns logo após o parto .


Sob ponto de vista emocional este comportamento é normal pois, a passagem de filha -namorada - esposa para mãe, as transformacões ocorridas no corpo, as mudanças na forma de encarar e viver a sexualidade e o ser mãe, entre outros são mudanças que ocorrem e requerem um reordenamento psiquico na mulher.Geralmente a DPP começa duas semanas após o parto e não existe um período certo para sua duração variando de acordo com a forma como ela é encarada.


Existem factores de risco que estão corelacionados com a DPP, entre eles temos: sensação de ter sido passada para trás pelo marido/companheiro e por outras pessoas próximas, uma vez que todas as atenções estão voltadas para o bebé, as transformações ocorridas no corpo que baixam a auto estima, e ela (a DPP) é propensa às mães solteiras, as que tiveram sintomas depressivos durante ou antes da gestação, as que apresentam um histórico de transtornos afectivos, as submetidas a cesariana, as que perderam pessoas importantes durante a gravidez, aquelas cujo bebé nasce com anomalias, mães pela primeira vez, as que dão a luz sem que o esposo/companheiro esteja por perto, as que passaram por dificuldades para conseguir conceber, as que vivem em desarmonia conjugal, aquelas que o filho foi gerado por estupro/violação sexual, entre outros.


Se a mulher receber apoio de familiares e principalmente a compreensão do companheiro a DPP pode ser “leve”, entretanto, casos há em que ela se agrava carecendo de acompanhamento médico, pois acaba afectando a funcionalidade da mãe, pondo em perigo o seu bem estar para além de afectar a saúde mental do bebé.


A mentalidade de que o ser mãe é um momento de júbilo e que mulher deve estar felicíssima com a chegada do bebé, e por via disso qualquer afecto negativo de mãe para filho é impensável, e condenável, faz com que pessoas mais próximas não compreendam que se trata de DPP e concluam que a mãe se sente incapaz de cuidar do bebé, não dá valor a maternidade, é ingrata e até mesmo está com “manias”.Esta falta de compreensão reduz a atenção e dificulta a obtenção da ajuda que elas precisam receber.

Julgo que os serviços de saúde deveriam incluir nas consultas pré natal, ou nas palestras (falecidas), sessões de psicologia de gravidez-não sei se existe essa especialidade entre nós- aí as futuras mães teriam oportunidade de obter esclerecimento essencial e provavelmente ajudariam- nas a manter a auto estima em cima.Há alguns ginecologistas/obstetras que dão uma certa orientação as suas pacientes, porém ela (a atenção/orientacao) tem incidido maioritariamente em questões relacionadas ao parto, sendo que o pós- parto é pouco abordado.

Como disse anteriormente
a DPP também afecta aos homens, as causas são várias de entre elas o facto da companheira estar deprimida, a sensação de que a chegada do bebé abana a sua “boa vida”(comida na mesa, agua quente na casa de banho etc), a preocupação com o sustento da familia, o facto sexo do bebé não ser o esperado entre outros fazem com que os papás se sintam deprimidos.


Bom,vai mais um apelo as pessoas próximas da mãe de fresco, para que prestem atenção ao humor depressivo que geralmente se apresenta no pós-parto, e que sejam compreensivos, evitem cobrar atitudes e dêm todo o apoio que a mamã precisa neste momento único.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Debaixo da roupa



Nós, mulheres, em nossas vidas, como qualquer outro ser, não estamos isentas de erros. Mas há erros que cometemos e que muitas vezes nos custam... tudo! Desconheço os reais motivos, mas, quando passamos a ter uma relação estável ou casamos, temos a tendência de deixar tudo despencar e, a nossa maior inimiga, monotomia, se instala.

Muitos dizem que com o casamento nos desleixamos, engordamos e só temos olhos postos nos filhos, sobretudo logo após o seu nascimento. Pode até ser, como também não, mas essas mudanças são vistas como portas de entrada (ou de saída?) para que “outras” mulheres tomem o lugar que nos pertence.

Há momentos em que o prato preferido deixa de ser apreciado com o mesmo deleite, mesmo se a cada cozinhado você capriche mais. Quando o tempero passa a ser automáticamente reconhecido, as sirenes do alarme começaram a tocar e é tempo de fazer o seu “mais-que-tudo” ter predileção por outra comida, no mesmo prato, claro!

Os homens sentem uma atração especial pelas roupas íntimas, soutien e calcinha, e ainda que pareça que não, eles reparam nas que são utilizadas por suas parceiras. Lingeries mexem com a cabeça dos homens e são uma arma poderosa na sedução, mas desconhecendo este facto, muitas mulheres reclamam que seus parceiros não notam sequer a lingerie que colocam “pensando nele”.

Como se viu em O soutien, os homens demonstraram que não prestam atenção à peça, como um simples soutien, pois eles só vêm o conjunto. O que realmente eles percebem, do nosso esforço, é se o conjunto está harmonioso ou não, se as peças caem bem e principalmente se valorizam os pontos fortes, mas dificilmente reparam na subtileza como a renda, os bordados e adereços estão incorporados.

O que devemos saber, de uma vez por todas, é que o homem é um ser visual e o seu cérebro precisa de variações, então nada melhor do que um arsenal completo e variado de lingeries, desde as mais comportadas em cores claras, até as mais ousadas e diferentes, passando por vários tons, transformando você mulher em várias vasikate.

Aliás, um dos momentos mais excitantes, no relacionamento a dois, para ambos, é quando o homem despe a mulher ou esta despe-se sozinha, tanto faz, num inocente ou malicioso striptease caseiro, para revelar uma nova identidade: a que só ele tem o privilégio de ver, excepto claro, a que é deixada à vista por via dos txuna-babies.

Muitas mulheres não dão atenção às peças íntimas que usam no dia a dia, mesmo quando estão sozinhas e colocam peças que não combinam ou lingeries velhas que não valorizam seus pontos fortes preferindo esperar um encontro intimo para caprichar no visual íntimo.

Mulheres que têm um relacionamento estável, não se importam mais com as roupas de baixo, usam qualquer coisa de qualquer jeito, algo que até é confortável, mas esses erros que devem ser corrigidos ou evitados.

Usar lingerie bonita, variadas e a bom preço, no dia-a-dia, faz muito bem a auto-estima. Não há nada pior do que se olhar no espelho e ver uma figura nada atraente e pouco harmoniosa. Aprenda a usar lingeries bonitas por você, porque você merece o melhor. Portanto, declare guerra a tudo que a faz se sentir feia, ou seja, que desvalorize você.

Lingerie sexy, não se resume apenas as clássicas cores preto e vermelho, e ao modelo "Fio dental". O modelo sensual é aquele que valoriza suas formas físicas (escondem o que desagrada você e valorizam o que você gosta no seu corpo). As mulheres têm corpos diferentes e por isso, devem usar peças que mais combinam com seu tipo físico.

Capriche também na hora de dormir. Use tecidos agradáveis ao toque. Você precisa se sentir bem e bonita, mesmo que durma sozinha. Esta cuidado permitira que da próxima vez que for a comprar lingerie, escolha aquela que a fará sentir -se poderosa, portanto escolha por você e para você.

E quando ganhar uma lingerie de seu companheiro, não atroque. O facto dele lhe dar uma peça íntima significa que ele quer vê-la usando essa peça. Aproveite a deixa e transforme seu guarda-roupa íntimo em um lugar cheio de variedade e ousadia. E, olhe, o nu também é uma irresistivel lingerie...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

2009

Toma-me.
A tua boca de linho sobre a minha boca Austera.
Toma-me AGORA, ANTES
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes
Da morte, amor, da minha morte, toma-me

Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.
Tempo do corpo este tempo. Da fome
Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.


E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.
Te descobres vivo sob um jogo novo.


Te ordenas. E eu delinqüescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada Ilharga
Na cálida textura de um rochedo.
Devo gritar Digo para mim mesma.
Mas ao teu lado me estendo Imensa


De púrpura. De prata. De delicadeza.

Hilda Hilst


Desculpem-me os mais moralistas pela ousadia da imagem. Mas o objectivo do post é exactamente esse... Quero viver o novo ano assim...INTENSAMENTE!!!
Bjs meus