segunda-feira, 29 de junho de 2009

O cabelo



‘O cabelo é a moldura do rosto”

O cabelo é um dos símbolos mais importantes da tanto da feminilidade quanto da masculinidade, ele desempenha um papel fundamental na composição, modelação e definição da aparência. Para muitos de nós o cabelo projecta uma mensagem, dando a conhecer a personalidade da pessoa, chegando muitas vezes a não ser necessário falar com ela, bastando apenas, olhar para o cabelo, para se perceber o seu estado de espírito, as suas vaidades(?), enfim é um prenúncio do que somos, seja homem ou mulher.

Do lado feminino muitas mulheres quando não estão bem com o cabelo que usam, sentem-se com a auto estima em baixo e super inseguras, portanto o cabelo é simultaneamente estectica, beleza, sedução, afirmação e segurança, por isso é que pelo menos uma vez por semana, algumas delas, visitam um cabeleireiro.Não imaginam quando chega o domingo a tarde e ela não teve tempo de cuidar do cabelo, só de pensar que vai sair a rua por uma semana com o cabelo desarranjado é um desgosto!

Dado o poder e a força que o cabelo vem assumindo nos últimos tempos o mercado deste evoluiu muito e é bem movimentado, e recheado, existem várias opções desde os produtos que o transformam aliasando-o ou encaracolando-o, apliques, perucas, tranças, dreads e até prescindir deles virou moda, em tempos só os homens poderiam tirar todo o cabelo, agora é muito comum encontrar mulheres sem um cabelinho sequer, mas também a reciproca é verdadeira é comum encontrar homens que usam tranças ‘tradicionalmente’ femininas, nada contra, desde que estejam bem arranjadinhos porque não?


Os cabelos também viraram um negócio lucrativo à vários níveis, tanto para quem cuida deles (salões de cabeleiro, hoje institutos de beleza), para quem revende os vários produtos a ele relacionados, assim como há mulheres que os criam para depois cortarem e venderem, este negócio (das extenções) é muito lucrativo e atinge até celebridades casos da actriz e cantora Cher que vendeu os seus cabelos por cerca um milhão de dólares para pagar um cirurgião estéctico!


Esta busca da estectica, segurança enfim um aditivo na beleza feminina do lado masculino nem sempre é encarada com bons olhos.Muitos homens pensam que as mulheres buscam alternativas ao cabelo natural, porque querem esconder a sua realidade, chegando até a fazer piadinhas.Uma das razões para que isso suceda cada vez mais é que nos tempos de hoje as mulheres têm uma agenda diária super preenchida tendo que cuidar da casa, marido, filhos, trabalho etc e muitas vezes não encontra um tempinho para si própria e claro para o cabelo, mas também é preciso aceitarmos e admitirmos que se fosse o inverso uma despreocupação com o cabelo também geraria outra inquietação!

Não que eu seja acérrima nem fervorosa defensora de apliques e outras transformações que se fazem hoje ao cabelo mas a verdade que seja dita manter o cabelo natural requer muitos cuidados é uma empreitada inimaginável, daí que para racionalizar, optem pelas alternativas que o mercado oferece. Portanto, estamos apenas a unir o útil ao agradável, afinal quem não gosta de se sentir bela, ou qual o homem que não gosta de se fazer acompanhar por uma beldade e que esteja na moda?

Outro aspecto a ter em conta que provavelmente desagrade aos homens são os investimentos no cabelo, muitos homens acham que cuidar do cabelo é uma despesa desnecessária, nalguns casos podem ter razão (ai, ai, ai) é que há mulheres mudam o cabelo porque a amiga, vizinha irmã ou colega mudou, e pior não se preocupa em querer saber se o companheiro vai gostar ou não. Penso que seria importante dar algum espaço para que ele dê uma opinião e diga como gosta de vê-la.

Já para o público masculino, o cabelo deixou ser uma simples forma de se apresentar, a fase de ir cortar cabelo literalmente já passou! É comum vê-los passar horas e horas no salão a acertar a “escovinha/picante”. Há um aspecto que os deixa bastante preocupados é a queda do cabelo que os torna calvos e até mesmo carecas, agora já há soluções para esse “mal” os homens já podem fazer implantes no cabelo, agora não me perguntem se as carapinhas também podem ser implantadas porque não sei. Mas não se preocupem, há um ditado que diz que “é dos carecas que elas gostam mais” pode até ser... oh meninas o que acham?

Para terminar e ao tudo indica o cabelo é um assunto do qual todo o mundo entende um pouco por isso é que também não está isento de mitos. Verdadeiros ou não, muitos de nós seguimo-los como sempre, vamos recordar alguns deles:

- Os cabelos brancos quando arracados multiplicam-se – Esta de certeza não é nova,
-Os muçulmanos depois do sexo lavam os cabelos (ou a cabeça?)-Como forma de se purificarem, é que depois do sexo sentem-se imundos (?),
-Quem está menstruada não pode pegar cabelo de ninguém, porque pode se partir- Pois é, sempre que forem ao salão não se esqueçam de perguntar se a cabelereira está “naqueles dias”,
-Duas pessoas não podem trançar a mesma cabeça-Ohh esta também não é nova, dizem que a cabeça doi,
-Durante a gravidez, os cabelos crescem mais- Bem, até é verdade, deve haver uma explicaçã científica para o fenómeno.

Como viram o cabelo é mais do que um complemento da cabeça...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Missão... comprida!






Sucesso retumbante, assim podemos considerar o pontapé de saída do projecto de Responsabilidade Social conjunto dos bloggers moçambicanos lançado no segundo encontro de Maio do corrente ano. Aliás, após este parto dificílimo (céus, o quão dificil é desembolsar uns trocados!) podemos afirmar, orgulhosos, "Yes, we can!" acrescentando confiantes "C’est possible!".

Amigos da Pediatria do Hospital Geral da Machava, assim fomos designados por mães, acompanhantes, meninos com dói-dói e funcionários da pediatria, afinal essa estória de blogs não é do conhecimento de todos, que emocionados e incrédulos foram agraciados por um gesto nobre e cada vez mais difícil de testemunhar: a solidariedade.

As 9h, Ximbitane, Yndongah e Kiluba, uma amiga que mesmo nao sendo blogger aderiu a nossa causa, chegavam carregadas de brinquedos e de uma parte do farnel (sumos, bolachas e bolos). Pouco depois chegava Shirangano. Nyikiwa e Nyabetse, sim, a blogger na diaspora, chegavam carregadas de apetitosas sandes.

Perdido algures, na emoção e na confusão da designação HGM (Hospital Geral da Machava ou Centro de Saúde da Machava), aprumado como mandava a ocasião, Chacate Joaquim veio na boleia de Jorge Saiete. Egidio Vaz, ficou na promessa de "dentro de 15min"... A team parecia completa mas... "Quem mais disse que vinha? Basilio Muhate ta bizz com aulas, Mutisse foi a Mondlanine... Aparentemente já cá estamos todos".

Yndoh e Xim, não mugiam e nem tugiam, em silêncio e entre olhares discretamente cúmplices indagavam-se se outras "promessas" se fariam presentes no palco dos acontecimentos. Quase 10h, um desconhecido passou e foi abordado pela Yndoh, "Uf, pelo menos 1", segredavamos um pouco aliviadas. 20min depois, o ilustre desconhecido transformou-se em palhaço e se instalou o delirio no seio da pequenada para o espanto dos bloggers Chacate e Saiete que com essa não contavam.

A ansiedade ainda tomava conta das vasikate Xim e Yndoh, "Ele virá?", questionavamo-nos com olhares pois faltava "pouco pra quase". A Direcção do Hospital chamou a Yndoh para testemunhar a organização da mesa da festa. Nyikiwa também subiu para apoiar e pouco depois, numa breve chamada, Yndoh diz: "Xim, recebe o nosso convidado"!

Tapete, luzes, câmara, acção... Tabasilly com "Vôvô dele" fizeram a sua entrée e fomos ao delírio, afinal "It’s possible!". O olhar de espanto e de alegria de todos no piso da Pediatria foi incrível. Médica, enfermeiros e serventes não se coibiram em expressar a sua admiração e alegria pela presença do músico convidado. Estava na hora!

Veio o emocionado e gaguejante discurso dos blogger’s proferido pelo Chacate. A Direcção da Pediatria, na voz da Dra. Suzete, agradeceu o gesto e convidou as estrelas da festa a degustarem do lanche entre as brincadeiras do palhaço. Quando o lanche terminou, parecia que tudo já estava dito e feita, mas faltava a entrega dos brindes.

Xim, em acto inesperado e arrojado, perguntou aos presentes se não conheciam o senhor que estava ao seu lado. Em uníssomo os presentes responderam que o conheciam e a questão "o vão deixar ir embora sem falar na linguagem que só ele conhece?" foi lançada. Perante a resposta negativa dos presentes, o refrão "canta, canta, canta..." se fez ouvir. Alegando, falta de instrumentos e fragilidades na saúde (estava gripado), Tabasilly ensaiou uma desculpa que só atiçou os presentes. "É uma delicia,... é uma delicia, vôvô dele".

Pronto, o show começou e foi ao clímax total! A capella de Tabasilly, secundada pelos presentes, exímios cantores e dançarinos, serviu também para a entrega dos presentes por parte deste e dos bloggers. A festa não mais parou, nem parecia que estavamos numa unidade sanitária e a poucos metros da morgue, tal era a contagiante alegria. Mães emocionadas agradeceram o gesto, pediram um "repite" para com outros hospitais e para com aquele em particular e o mesmo foi dito pelo pessoal do hospital na hora do adeus. Nas entrelinhas leu-se "Solidarizem-se sempre connosco"!

Porque não? A missão ficou comprida pessoal! Lembrar que, para além das crianças hospitalizadas, crianças em ambulatório foram também as estrelas do dia. O Natal está a porta e não podemos defraudar as expectativas que criamos naquele local. Passemos a outro estágio da nossa responsabilidade social, não deixemos para amanhã o que podemos fazer hoje. Contribuamos, vale tudo (livros, brinquedos, roupa para criança ou dinheiro para a compra de bens que tanto fazem falta) pois não há raio de sol mais brilhante do que o sorriso de uma criança!

domingo, 21 de junho de 2009

Bom Humor



quinta-feira, 18 de junho de 2009

Contagem decrescente

Entre palmadinhas nas costas, elogios pela iniciativa louvavel e promessas que ficaram por cumprir, eis-nos pois em momento de contagem decrescente para a concretização final do nosso projecto (blogs moçambicanos) relativo às celebrações do Dia da criança e da criança africana.

Pois, com os poucos, mas generosos recursos que conseguimos amealhar, desde o mitico "2° encontro dos bloggers", portanto, resultado da boa vontade e espirito de solidariedade destes, proximo sabado, pelas 9h nos concentraremos na parte frontal do Hospital Geral da Machava para entregar aos petizes com doi-doi os nossos presentinhos.

Ainda não é o momento, mas nunca é tarde nem cedo para o fazer, pelo que agradecemos a todos os que contribuiram e aos que ficaram na intenção. Reiteiramos que a missão ainda não esta cumprida pois contamos com todos para in loco nos fazermos presentes.

Bem hajam
Ximbitane Yndongah e Nyikiwa

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dono-de-casa?


O berço no qual nascemos e o leite que bebemos na nossa infância, metaforamicamente falando, reflectem-se na forma como agimos quando adultos. Uma das grandes lições de vida que os homens recebem, ao longo de seu crescimento, é que são eles que devem sustentar suas familias pelo que para tal devem ter sempre uma actividade remunerada ou qualquer outra forma de rendimento.

Muitas vezes, não por vontade pessoal, e por várias razões (desemprego, condicionamento fisico, etc.), o homem vê-se impossibilitado de levar sustento à mesa de sua familia. Esta situação, apesar de constrangedora, em nada diminui a masculinidade do homem, isto se este não fizer disso um motivo para nada fazer em absoluto.

Muitas vezes, mulheres com maridos fora do campo laboral não se chateiam por estes nada fazerem que traga sustento para a familia, apesar de todos os inconvenientes, mas pelo facto de estes nem sequer mexerem uma palha para seu próprio beneficio como fazer o seu próprio pequeno-almoço.

Estarão essas mulheres empenhadas em fazer de seus homens donos-de-casa? Poderão os nossos homens encarar as lides domesticas com tanto à-vontade e zelo como o faz Carlos Roberto de Paula? O homem moçambicano tem humildade suficiente e, acima de tudo, coragem para se assumir como dono-de-casa?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pais e filhos: O nome do bebé




Dialogo imaginário:

“Deus me livre! Passar problemas de defunto ao meu filho? O meu se vai chamar Sandro Miguel.”
-“Poxa, que idéia, vocês não se cansam de ser colonizados? O meu se vai chamar Sidney Cossa.”
- “ Eu cá não quero chatices, é Júnior e pronto!”


A escolha do nome do bebé parecendo que não, é muito delicada, pois este, mais do que uma simples denominação, uma simples ‘palavra’ que nos vai identificar é algo que mexe com os princípios existenciais das pessoas que o atribuem bem como as que estão em redor destas. Enfim, algo que a partida parecia assunto de pai e mãe cedo torna-se numa questão social/cultural diversa, por isso que a sua escolha deve (ria) ser feita com muito cuidado(?) tendo em conta alguns elementos tais como: A simplicidade, a pronúncia, o significado (?) a sonoridade, a beleza, a moda, a estéctica do conjunto, do nome completo e por ai além.

Como consequência desta multifactoriedade que norteia a escolha do nome algumas pessoas principalmente cá no sul têm dois: um de registo que é conhecido por todos o chamado “nome de portugues” e um “tradicional”, o “nome de landim”. Este último geralmente pertence a um antepassado, e é preciso que o mesmo dê o aval, para tal, dependendo do contexto familiar e cultural contacta-se "curandeiro" ou alguem com poderes que lhe permitam certificar se o nome foi aceite, caso não, experimenta-se outro até ter a certeza da aceitação.

Eu mesma tenho esse nome, o meu avô nunca me chamava pelo nome de português, apesar de me parecer não ser de dificil pronuncia, ele sempre preferiu o nome de landim que não vem ao caso revelar e o porquê dessa escolha isso é outra história.

No período anterior a independência, salvo o erro, havia uma tendência para nomes da ‘terra’, mas devido ao assimilacionismo parte destes eram rejeitados na hora de registo oficial, o que fez com que os pais adoptassem outros nomes, na sua maioria portugueses, porém, de uns tempos para cá, nota-se que os Pais tendem a retomar o uso dos nomes que antigamente eram vistos com uma certa estranhesa. Facto curioso é que nesses tempos, os nomes eram atribuidos em memoria a um antepassado, hoje nem sempre é assim, casos há em que a escolha é feita simplesmente porque eles gostam, está na moda, é bonito e enfim, julgo ser positivo, mesmo porque em termos de estectica de conjunto nomes como Nkululeko Mandlate são agradaveis.

Não posso deixar de dizer que tendência do uso nomes estrangeiros, principalmente brasileiros e ingleses deixa a desejar, pois muitas vezes há exageros, os pais não têm o cuidado (?) de olhar para os seus próprios nomes e apelidos e depois fazerem uma combinação de modo a sair um nome completo agradavel de se pronunciar e ouvir, sinceramente não consigo engolir nomes como Withney Jeremias Nhantumbo, Chiefton Vitorino Tembe, Denilson Salomao Macuacua e por aí fora.

Outros ainda, escolhem-nos tendo em conta circunstâncias da vida que antecedem o nascimento, nada contra, desde que o acontecimento a que se inspiraram para essa escolha seja alegre, por exemplo, Lirhandzu (porque a criança foi gerada com muito amor), Jubileu (que significa festa, alegria), Lua (porque relembra uma certa noite de luar) entre outros.O lado mau, dá se quando se inspiram em algo triste, desagradavel, esquecendo-se que que este nome irá identificar o seu filho para o resto da vida! Casos de Tristeza, Wanga (minha), Sofrimento, já agora deixa me lembrar uma historia que o
Amosse contou e jurou ser real, de um amigo seu que teve que esperar a maioridade para mudar o nome de Khombomuni Matchimbeni Magaia, para além da criança correr o risco ser alvo de gozo por outras, os pais acabam fazendo-na carregar para o resto da vida lembranças tristes de suas vidas.

Como disse anteriormente, escolher o nome do bebé não é tarefa fácil, e é importante ter em conta aceitação desse nome, primeiro pelos familiares e a sociedade, depois pelo próprio. Não existe pior coisa que ter um preconceito em relação ao seu próprio nome. Nalgumas vezes, o nome pode servir de iten principal em certas escolhas, aliás o Patricio Langa lembra aqui como no passado, certos nomes tiveram que sofrer um “upgrade” para poderem ter progressão escolar


Então papás e mamãs, vamos la ser razoáveis na hora de dar nomes aos nossos filhos, podemos até maquilhar os nossos, dando lhes um toque estrangeiro casos de Wahinah, uma versão de wa hina (nosso), Wassen, uma versão de wa seni (deste lado), Ndzyllah, uma versão de ndzila (significa caminho em chope), Lyduvah uma versão de liduva (signfica sol em makonde) e muito mais, portanto é possivel, estrangeirar os nossos nomes ‘afro’.


Para terminar apelar aos Pais que, não se afastando dos seus principios e valores, na hora de escolher o nome para o seu filho, tenham sempre em mente que tanto ele como as pessoas que rodeiam no seio familiar e na sociedade em geral devem sentir-se confortaveis com o nome escolhido de modo a que ela tenha um crescimento harmonioso e que seja feliz.


PS: Há pais que demoram a dar nome aos filhos, acho triste perguntar como se chama e receber como resposta "ainda não tem nome", não tarda começam os improvisos Papaito, Mãensinha, Avosinha, Maninha...

domingo, 7 de junho de 2009

...


Amigo(as), há muito que não posto receitas, hoje trago uma que apesar de ser fáci de preparar tive muitas dificuldades em escrever, espero que percebam e que se deliciem.


Ingredientes:


4 pacotes de gelatina (preferencialmente sabores e cores diferentes)
1 pacote de natas frescas (pode usar leite ideal se preferir)
1 lata de mistura fruta
2 pacotes de bolachas (palitos de la reine)


Preparação

Prepare a gelatina seguindo as instruções do pacote, em recipientes diferentes. A parte escorra o caldo da fruta e reserve.Numa tigela, bata as natas até ficarem consistentes.
No recepiente que pretende servir, misture todos os ingredientes, a gelatina deve ser previamente cortada em cubos. Decore com as bolachas e sirva fresco,

Bom apetite!