domingo, 27 de setembro de 2009

Drink perigoso


Há erros que cometemos sem ter a noção de que o estamos a fazer. Na verdade, temos a mania de copiar ou de aderir a tudo que é novo com extrema passividade: apesar de termos acesso as TIC’s, ninguém questiona, ninguém pelo lê os rótulos ou tenta perceber o que entrou na moda! Está na moda, pronto aderimos a moda.

Por exemplo, quando o mais-que-tudo chega a casa, para relaxar do stress que foi o dia laboral, é normal preparar-lhe um drink, se é que ele não o faz sozinho. Assim, serve-se um whisky com gelo ou com soda, um gin com tónica, etc. Por vezes, o cocktail são uns centilitros de alcool com outros tantos de uma bebida energizante ou enérgica.

Por vezes, mesmo não sendo em casa, porque o bebun está com uma tremenda ressaca, e não pretende ser alvo de vigorosas críticas à entrada de casa, abastece-se ele mesmo dessas bebidas que devem dar energia seguindo à risca o que a publicidade vende como algo que revigora até um morto.

Grande erro: alcool e energizantes não devem ser consumidos em simultâneo! Os energizantes foram criados, como se devia perceber, pela própria designação, para dar energia, o que acelera o ritmo cardíaco e pode provocar um enfarte fulminante. Assim, estes devem ser consumidos tendo em perspectiva a execução de uma actividade física.

Aliás, quando se consome alcool e energizantes, ao mesmo tempo, o oganismo fica confuso pois estes produtos tem funções distintas: um visa estimular e o outro visa inibir o organismo. Esse choque pode, portanto, ser fatal.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caril de Frango e Ananas



Esta receita, para além de muito fácil é simplesmente deliciosa. Espero que gostem tanto como eu!



Ingredientes para 2 pessoas:


2 peitos de frango

4 rodelas de ananás natural (podem usar de conseva se preferirem)

1 lata de natas

1 colher de sopa bem cheia de pó de caril, Raja

Cominho, sal e pimenta q.b.

azeite.

Coentros picados (se gostar, apenas para enfeitar)


Preparação:


Comece por cortar os peitos de frango em cubinhos e tempere-os com sal e pimenta. Corte também o ananás em cubos e reserve. Numa frigideira anti aderente coloque um fio de azeite e quando estiver quente aloure os cubinhos de frango. Adicione depois o pó de caril ou Raja envolvendo bem como o frango e deixe cozinhar uns minutos. Adicione depois as natas mexendo bem para dissolver o pó de caril. Assim que as natas levantarem fervura e engrossarem, junte o ananás, envolva tudo, enfeite com coentro fresco se preferir e sirva de imediato com um arroz basmatic bem soltinho.



Bom Apetite!


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dia de mulher



O dia mal começa e a mulher já está em pé! Atarefada entre a sua higiene pessoal e a da familia, no preparo das roupas, do pequeno-almoço, do lanche escolar, a sua mente já está a 1000 por hora. Há ainda que deixar instruções para o almoço, para a compra de certo item, para o pagamento de alguma conta, para chamar atenção na lavagem de determinada peça de roupa, para relembrar algum pendente, haja cabeça!

Apesar de ter sido a primeira a levantar-se e derepente estar às corridas “afinal, qual é? Tens motorista pessoal?”. Entre choros do miúdo, que não quer ficar na creche, o beijinho esquecido, do mano que viu os colegas à porta da escola, e o beijo de anjo, do apressado maridão, lá vai ela com o seu mais radiante sorriso ao posto de trabalho. Na entrada, esquece todas as preocupações e encarna a profissional que existe nela.

Assim vai a semana, ao ritmo da mesma rotina, com algumas e pequenas variações de cenário. O sábado começa com idas ao cemitério e com passagem obrigatória na casa desafortunada para dar uma mão no serviço de chá. Ainda nessa manhã, há que fazer uma corrida ao armazém, supermercado, mercado, talho, mercado do peixe e bottle store, tudo com o intuito de reabastecer a dispensa, o frigorifico e a garrafeira.

Outro sprint, é na corrida ao cabelereiro, no qual se fez marcação, frequentemente, por cima da hora. Derepente, com a cabeça cheia de rolos e dentro do secador, os pés na bacia para a pedicure e as mãos na tigela para a manicure, a primeira pausa do dia para um breve e merecido relaxamento, liga a empregada a pedir para sair cedo porque tem ensaios na igreja. Outro sprint!

Chegada a casa, para liberar a empregada, as crianças estão eufóricas com a hora de ir a festinha em casa de um amiguinho ou a piscina e a pobrezinha mal teve tempo para comer algo! Se pretende, no espaço de tempo em que os meninos estão na festinha se distrair com algo, a pretensão cai em saco roto: há que ajudar a mãe do aniversariente ou então estar presente e atenta aos possiveis perigos que os seus filhos correm e assim acaba o dia.

No regresso, banhos, jantar e pijamas para os miúdos e... finalmente um momento a sós! Pouco depois, há o jantar com o marido, a novela e o filme da televisão, já que o próprio vai a night sabe-se lá com quem mais para além da habitual team de amigos! Na mente, paira já a perspectiva do que será o dia seguinte: ida à missa, preparo do pequeno-almoço, do almoço, visita a algum familiar, banho, jantar e pijamas.

E os hobbies? Será que a nova mulher (a forma-se e, a par das lides domesticas, exerce actividade remunerável) já não tem hobbies? Bordar, fazer crochet, ler, escrever, ir as aulas de tango, cuidar do jardim ou das plantas já não fazem parte do lazer da mulher? Quando é que a mulher lê, tricota ou simplemente senta-se em algum lugar para pôr a conversa em dia com suas amigas? Quais são os hobbies da nova mulher?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mãe solteira (1)


Ao longo dos tempos as percepções e as imagens construídas de mãe solteira, as atribuições e responsabilidades que recaem sobre esta vem mudando de forma assinalável.

Houve tempos em que ser mãe solteira era motivo de repúdio na sociedade, essa mulher era discriminada e considerada de má vida. Com o passar do tempo, as caricaturas verbais decorrentes dessa então triste sorte tiveram uma viragem espectacular de tal modo que, ser mãe solteira hoje já não envergonha tanto assim, talvez devido ao número cada vez crescente desta “nova categoria social” o que faz com que as pessoas comecem a aceitá-las mais abertamente e com menos preconceito.

O que se assiste ultimamente é que a partir duma certa idade por vontade própria ou pela pressão social as mulheres cultivam a necessidade de serem mães.

Regra geral, para que isso aconteça, tem que haver a contraparte masculina e se espera que mais do que um mero fecundador, seja um homem que em conjunto com a mulher criarão e educarão o ser por vir. Esta é a situação ideal, porém nem sempre as coisas acontecem de forma linear, muito pelo contrário é cada vez mais frequente encontrar mulheres que enfrentam a maternidade, com todas as suas vicissitudes, e alegrias sem um homem do lado, não posso deixar de referir que há por outro lado o aumento da chamada produção independente que também contribui para a multiplicação das mães solteiras.

Como consequência desta nova forma de encarar a realidade curiosamente, surge um novo fenómeno: A vergonha por não se ser mãe.

Nota se aqui uma inversão na percepção dos factos. Se antes era vergonhoso ser mãe solteira hoje a situação é contraria: a partir de certa idade parece que o vergonhoso é não ser mãe! Não importa se casada, solteira ou comprometida. Ou seja começa a valer a pena ser mãe solteira do que ser solteira sem filhos!

Ainda que desconheça as razões para este fenómeno, posso arriscar e dizer que a pressão social, o medo por ser mais difícil conceber a partir duma certa idade, o falatório por parte das pessoas que as rodeiam a podem ser factores que influenciam.

Por outro lado, existe o medo (ou o risco) de não poder encontrar um parceiro que esteja disposto a dar-lhe um filho, dizem que os homens fogem de mulheres nessas condições, eles estranham o facto dela na idade em que se encontra não ter pelo menos um filho, dizem logo que essa mulher tem problemas, tem um mudliwa, não tem história: "se ela chegou até aquela idade sem filho é porque tem problemas".

Enfim, o que era vergonhoso em tempos, começa a deixar de sê-lo hoje e contrariamente, o que era motivo de orgulho, começa a ser vergonhoso, estamos ou não perante uma inversão de valores?