sexta-feira, 1 de abril de 2011

...E assim termina o resguardo


Do lado dela, tudo se acumula: a amamentação, as noites sem dormir, os hormônios enlouquecidos...
Em meio a esse turbilhão, ele aguarda ansioso por uma noite de sexo, enquanto ela, totalmente sintonizada no bebê, não está nem um pouco ligada nisso.
Ele é insensível, o lobo mau dessa história?
De jeito nenhum. 'O marido é que tem de equilibrar essa situação, evitando que a mulher fique obcecada pelo papel de mãe, esquecendo-se do resto', afirma o sexólogo e obstetra Heitor Hentschel, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A história do webdesigner Ângelo Mello, 33 anos, pai de Thiago, 1 ano, é um bom exemplo: 'Nos três primeiros meses depois do parto, minha mulher vivia de cabelos presos e usando um vestidão amarelo pavoroso', lembra. 'Dizia que era prático para dar de mamar, mas eu via aí um certo afastamento.
Decidi, então, resgatá-la. Insisti tanto durante dias, que ela topou mudar de roupa e jantar num restaurante perto de casa. Foi nossa primeira noite de amor, que aconteceu de forma bem delicada.
Ela me agradeceu no dia seguinte por lembrá-la de que o mundo não era apenas um quarto de bebê e ainda era uma mulher', conta.

'A pressão do marido, quando exercida de forma carinhosa, é benéfica', reforça o obstetra. Segundo ele, muitas dúvidas podem atrapalhar as mães e afastá-las das tentativas de retomada do sexo, como o medo da dor e o estranhamento do próprio corpo.
Conheça as principais questões que surgem nesse período e as sugestões dos especialistas para lidar com a situação.
Quanto tempo é preciso esperar para fazer sexo após o parto? Há obstetras que orientam para um resguardo de 40 dias, enquanto outros liberam a atividade sexual em 20 dias.
'O importante é a mulher voltar a se sentir bem, e o resguardo é um período necessário para isso, um tempo para desaparecerem as alterações fisiológicas da gravidez, como a cicatrização dos pontos da cesárea ou da episiotomia, e o corpo se reorganizar internamente', explica a obstetra Rosana Simões, professora do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo.
O tipo de parto, segundo a médica, influencia a duração desse período. Quanto mais tranqüila e sem intervenções, mais rápida será a recuperação. É comum o sangramento pós-parto durar algumas semanas e nem sempre, com isso, o casal se anima a ter relações.
Se a mulher estiver bem fisicamente, com vontade, nada a impede de iniciar as tentativas, lembrando que sexo não é só penetração. Beijos, carinhos e masturbação também fazem parte. Mas atenção, maridos: sexo não é só uma questão física. Também é psicológica, e nesse quesito a mulher pode demorar mais para estar pronta.

A pressão do marido, quando exercida de forma carinhosa, é benéfica para a mãe retomar seu papel de mulher
Por que os homens ficam mais animados do que as mulheres para retornar à atividade sexual? Uma das explicações é o fator hormonal. Após o parto, a mulher tem uma queda de testosterona, o hormônio responsável pela libido.
'Também entra em ação a prolactina, produzida pela hipófise, responsável pela produção do leite. Ela também inibe o funcionamento dos ovários, que não produzem hormônios que estimulariam o desejo feminino', explica a obstetra Rosana.
Os hormônios, porém, não justificam tudo. Outros fatores pesam. A mulher geralmente está sobrecarregada com o bebê. Por mais que o marido seja participativo e companheiro, é ela quem fica disponível para a amamentação e para a maioria dos cuidados. No fim do dia está feliz, mas exausta física e emocionalmente.
'O bebê supre a necessidade de afeto da mulher. E não discute nem questiona', brinca o sexólogo Theo Lerner, do Instituto Paulista de Sexualidade. 'Forma-se um triângulo amoroso e a reação masculina costuma ser a de ciúme.
Voltar a ter relações é uma forma de se manter seguro', diz. Somando os fatores, a situação se complica. Ela tem razão para não querer, e ele para querer. Segundo Theo, a única saída é cada um compreender e respeitar a razão do outro, e juntos chegarem a um acordo.
'O objetivo tem de ser o de abrir espaço no dia-a-dia para o relacionamento. Por mais que o bebê exija, tem de haver um tempo para namorar. Mesmo que seja para ficar apenas de mãos dadas', alerta Theo.

As mulheres sentem dor nas primeiras relações? Podem sentir, sim. Enquanto a mulher amamenta, seus ovários não produzem os hormônios necessários para a lubrificação vaginal. Lubrificantes podem ajudar nas primeiras relações.
Ou então, caprichar bastante nas preliminares. 'A mulher não deve cobrar-se, caso não atinja o orgasmo no início. A volta da intimidade é o mais importante. Com o tempo, ela voltará a sentir prazer', afirma o sexólogo Heitor.

Alguns homens dizem que a mulher, depois do parto normal, muda internamente. É verdade? No parto normal, a passagem do bebê e algumas intervenções podem mesmo alterar o canal vaginal.
'A tendência do organismo é retornar ao que era antes. Também existem exercícios específicos para ajudar na volta da musculatura', diz Heitor. Mas, segundo ele, trata-se, muitas vezes, de uma mudança bastante sutil e que não afeta em nada o prazer do casal.
'Se um homem se incomoda a ponto de discutir essa questão, é porque existem fatores mais sérios atrapalhando o relacionamento', avalia.
Quais as melhores posições para as primeiras relações sexuais depois do parto?
A melhor é aquela em que o casal se sente bem, sem dores físicas ou constrangimentos psicológicos. Nem sempre a tradicional posição papai-e-mamãe é a mais indicada, porque nela o pênis chega mais fundo no canal vaginal, o que pode ser desconfortável.
Quando a mulher fica por cima, pode controlar melhor a penetração de acordo com o que está sentindo.
Durante uma relação, o leite pode jorrar dos seios da mulher. Como lidar com isso? Vai depender do casal, do relacionamento construído antes da gravidez, de como marido e mulher estão enfrentando a chegada do bebê.
Alguns casais podem ver esse acontecimento como algo que atrapalha, muitas vezes até achar nojento. Outros consideram normal e prazeroso. Não há problema, mas o homem deve evitar o contato da boca com o seio, principalmente se houver fissuras por conta da amamentação. É que sua saliva pode conter bactérias que levam a infecções.

Os homens estranham o corpo feminino depois do parto? Geralmente, isso fica mais por conta da imaginação feminina, sempre muito exigente consigo mesma. Na maioria das vezes, eles não se importam com o tempo que o corpo leva para voltar ao normal. Mas isso também não significa negligenciar a aparência.
'Importa mais a ação de se cuidar do que o resultado, pois significa que a mulher se valoriza e isso é muito bom para a família', diz o sexólogo Theo.
É correto ter relações com o bebê dormindo no mesmo quarto?
Não existe o certo e o errado. Apenas a lembrança de que o casal precisa de privacidade e o ato sexual merece a atenção dos dois.
'O bebê no quarto desvia a atenção e o que era para ser um ato de amor pode se tornar algo mecânico, apenas para marcar ponto', alerta Theo. Uma babá eletrônica é discreta e pode resolver a questão.

FONTE: REVISTA CRESCER

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Você sabe amar?



Amigas, estamos no mês e mais concretamente na semana do amor,
Já se vêm as movimentações peculiares nesta época, montras a vermelho e branco, floristas/casas de brindes recheadas, tudo a ser preparado para o dia 14 de Fevereiro, dia dos namorados, dia do amor!
Amor! Esse sentimento inexplicável que em algum momento tomou conta nós.... Todos nós temos uma história de amor, todos nós já amamos, a questão é será que sabemos amar?


Estou aprendendo a aceitar as pessoas, mesmo quando elas me desapontam.
Quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.


É difícil aceitar as pessoas assim como elas são, não como eu desejo que elas sejam.
É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.


Estou aprendendo a amar.
Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos.


Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.
Escutar a mensagem que se esconde entre as palavras corriqueiras, superficiais; descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vangloria exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.


Aos poucos, estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a perdoar.

Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido.

O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos. Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração.

O amor perdoa e esquece, extingue todos os traços de dor no coração.


Passo a passo estou aprendendo a perdoar, a amar.


Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas. Valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências vividas ao longo dos anos.
Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma e as possibilidades que Deus lhe deu.


Estou aprendendo. Mas como é lenta a aprendizagem.


Como é difícil amar.

Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo.


Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém.

Como é duro amar. Eu estou aprendendo.