Muitas mães têm a tendência de dormir com o filho recém nascido no mesmo quarto e até mesmo na mesma cama. Aliás, o lugar onde vai dormir o bébé não constitui tema de discussão dos futuros pais, discute-se mais o nome, o melhor berço, o tipo de alimentação, tudo menos o lugar onde a criança vai dormir.
É certo que para uma mãe que vive na casa dos pais, ou o casal que vive com sogros fica difícil ter em casa um quarto de “sobra” para o neto. Mas há casos em que mesmo com condições a criança dorme com os pais.
Uma família que dorme “unida” tem vantagem na facilidade com que o bebé pode ser amamentado, pois não é necessário ir buscá-lo a outro quarto para mamar. Uma mãe que amamenta numa "cama familiar" pode alimentar o seu filho facilmente, sem estar totalmente acordada e assim não deixa de obter o repouso de que necessita. Assim, dormir em família incentiva as mães a prolongarem a amamentação e todos os seus inúmeros benefícios por mais tempo.
As falhas respiratórias são relativamente comuns nos primeiros meses de vida e se não forem evitadas ou socorridas podem resultar em morte. Portanto, dormir acompanhado pode ajudar a evitar essa triste ocorrência.
Uma mãe que amamenta tem ciclos de sono e sonhos coordenados com os do seu filho, o que a torna altamente sensível ao bebé. Se estiverem a dormir próximos, ela acorda automaticamente se houver uma falha respiratória mais longa. Mas se o bebé estiver sozinho, esta intervenção não será possível.Qualquer perigo noturno é reduzido, se a criança tiver um adulto próximo.
Por outro lado, há quem ache que o melhor é colocar a criança a dormir no seu quartinho, com a babá ou mesmo o aparelho electrónico que a cada som emitido pela criança no seu quarto, os pais ouvem (babá electrónica), portanto, podem estar ao controle das crianças.
Para este grupo, o facto de dormirem com a criança para além de interferir na vida do casal, ela (a criança) fica dependente da companhia dos pais para dormir, perturba a privacidade do casal e criam-se problemas de ordem psicológica e familiar que podem ser sérios. Sozinha, a criança já fica acostumada a ter o seu prórpio cantinho, crescendo mais segura e menos dependente.
Acho que todos nós conhecemos histórias de crianças com 4 anos que ainda dormem com os pais, e estes têm dificuldades em tirá-las do quarto, pois choram, esperneiam e inventam mil desculpas, desde fantasmas até doenças.
Bom, temos aqui dois cenários e eu pergunto para quem ache que a criança deve dormir no seu quartinho, deverá isso acontecer logo que ela saia da maternidade? Se não qual deve ser o tempo mínimo?
Aceitando-se que a criança durma no mesmo quarto com os pais, estes devem partilhar a cama com ela ou deverá dormir no berço? Qual a melhor altura (idade) para a criança começar a dormir no seu quarto?