quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Perguntas!


“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.” (Mateus 7:7)


Talvez é imbuído por este espírito que as crianças a partir duma determinada altura no seu almejado desenvolvimento físico, espiritual, intelectual e emocional que multiplicam as perguntas inocentes (?) e incómodas (?) nalgumas ocasiões.

Mas porquê incómodas? há algum mal em as crianças querem perceber melhor o mundo e a realidade que as rodeia? Incómodas são as perguntas das crianças ou as nossas mentes ‘’adultas’’, apressadas e viciadas acabam vendo incómodo em ‘’simples’’ necessidade de alimentar o ego das crianças?

Quero acreditar que a situação no mínimo varia de caso para caso mas em geral com a maioria dos adultos com quem já troquei ideias há enormes dificuldades em dar resposta a algumas perguntas que a partir duma certa idade não nos escapam.

Dependendo do grau de informação e ou amizades que a criança tem a denominada “fase dos porquês” em que elas desenvolvem a curiosidade, e fazem muitas perguntas pode vir mais cedo ou mais tarde, mas sempre vem e com ela os embaraços também.

Muitas vezes nós os adultos em geral irritamo-nos com as perguntas, não sabemos como (re) agir se respondemos com todas as letras dizendo a ‘’verdade’’, que verdade é essa, não sabemos se ignoramos, mentimos ou omitimos, a fuga apressada apaga as lamparinas do juízo que nos faça perceber que é um comportamento perfeitamente normal, aliás como revela um estudo recente, que a curiosidade pode ser um sinal de inteligência superior.

Outro problema que pode preocupar os adultos próximos a uma criança curiosa é facto de não sabermos a partir de que idade devemos começar a falar de certos assuntos com as crianças, ou seja, se devemos ou não responder com todas as letras o que a criança perguntou.

Eu já me encontrei várias vezes em situações de saia justissima, a última foi quando o meu filho (5 anos) pediu para entrar na casa de banho comigo porque também queria fazer xixi, o primeiro foi ele a fê-lo de pé, em seguida fui eu tive obviamente que me sentar e a pergunta não tardou “mãe tú fazes xixi do rabo? fiquei sem saber o que dizer...

Existem muitas outras situações que acredito que os amigos já passaram por elas, a questão que se coloca é como agir em situações destas? Principalmente tratando-se duma criança, devemos dizer as coisas tal e qual elas são? Como? E se não o dissermos estaremos a agir adequadamente? O que é adequado nestas circunstâncias? Se é verdade que perguntar não é mau porque é que nos incomoda a curiosidade ou ausência dela nas crianças? O problema são as perguntas das crianças ou o susto dos adultos?


No meio de tantas incertezas que tentei partilhar ao longo deste post uma coisa é certa todos nós um dia já perguntamos, estamos ou estaremos sujeitos a responder certas perguntas que acredito na sua maioria feitas na melhor das intenções mas que a resposta é uma verdadeira pedra no sapato...

1 comentário:

Cocktail Molotov disse...

Gostei da pergunta do seu filhinho. E voce respondeu oque^ para ele?