Amigos, trago-vos mais assunto controverso, sobre o qual há muito que se diga, entretanto na maior parte dos casos perdemo-nos porque as abordagens tomam rumos emotivos e pouco criticos ou explicativos, não sei se vou conseguir escapar a essa tendência, prometo ser o mais isenta possível, espero que me entendam.
Em alguns contextos, o modelo ideial de gestão do agregado familar era/é o que preconiza(va) o papá como o sustentáculo, o garante da subsistência e ou da sobrevivencia da ‘casa’ enquanto que a mamã alia(va) a função reprodutora à outras tarefas "menores" tais como cuidar da casa, dos filhos e do marido, portanto, a mulher dependia do homem não só economicamente, como também para tomar algumas decisões importantes da sua vida.
Entretanto, com o passar do tempo devido a necessidade de mão de obra, e não só, a mulher passou a ser integrada no mercado de trabalho o que lhe levou a ter uma certa autonomia, nos tempos da revolução diriamos foi emancipada, e perdoem-se se estiver equivocada, penso que talvez a partir dai começou, consciente ou incoscientemente, a luta pela igualdade de género.
Não se aterrorizem, não é sobre a luta pela igualdade de género que quero falar, aliás não sei muito bem porque razão existe essa luta, quero sim falar dos deveres(?) , obrigações (?) ou contributos(?) do homem e da mulher em relação as despesas da casa.
Como disse anteriormente, o modelo ideial de gestão, para alguns, prevê que o homem é quem sustenta a "casa", porém tendo a mulher a trabalhar e obvimanete com um rendimento deverá ela comparticipar (?) nas despesas da casa? Se sim como deve ser feita a divisão?
Bem, ja estou a ver os rapazes a torcerem o nariz, mas como modelos são sempre modelos com vantagens e desvantagens, e são discutíveis, incluindo este ‘universal’ que tenho vindo a referir desde o princípio, e os que vou apresentar a seguir não são excepção. Para melhor nos entendermos vou apresentar quatro situações possíveis de gestão da casa e apartir delas podemos começar a discutir. Como gosto de culinaria, vou tomar como exemplo uma salada de alface para designar o conjunto de despesas mensais dentro da casa.
Para preparação de uma salada de alface precisamos de no mínimo 6 ingredientes: Alface, tomate, cebola, vinagre/limão, óleo/azeite e o sal. Portanto, estes são os ingredientes sine qua non temos uma salada de alface "normal", simples ou básica, como queiram.
Agora vamos as situações:
Situação A- aqui se prevê que o papá é quem cria as condições para que haja salada em casa, quer dizer compra todos os ingredientes, cabendo a mamã o papel de melhorá-la, dar um incremento, ou seja ao invés de se comer uma salada "normal", come-se uma salada "sofisticada" grega por exemplo, bastando para isso acrescentar as azeitonas cenouras raladas pimentos o queijo feta... Lembrem-se, que o papá já providenciou os ingredientes básicos para que não falte salada em casa. O que estou a dizer é que mesmo que a mamã não incrementasse, ter- se -ia o necesário para viver, porém sem "luxos".
Situação B- Os ingredientes básicos mantêm-se mas, desta vez, o papá só compra o tomate a cebola e a alface! Como podem ver sem oleo/azeite, e sal não há salada, aqui, para que se coma uma salada básica a mamã deve entrar com o que falta.Em outras palavras o casal contribui na mesma, proporção.
Situação C- Bem, aqui o papá apenas quer a salada na mesa a tempo e horas, não comprou nem o sal!Alias sobre ele não me vou alongar, é caso de cadeia...
Situação D- Nesta o Papá banca tudo! Desde a alface passando pelas azeitonas até o queijo feta. A mamã é responsável pela gestão da casa e ao mesmo tempo trabalha fora, com os seus rendimentos faz o que bem entende, cuida dos seus cabelos, unhas, cuida da decoração da casa, (cortinas, lençóis, vasos, toalhas, enfim uma série de coisas que certos homens acham insignificantes), e se sobrar até faz um xitique p’ra comprar a loiça de sonho enfim....
Agora rapazes e raparigas qual é forma de gestão mais eficaz? Não, melhor perguntar assim: Nos dias de hoje, onde temos mulheres a trabalharem fora de casa, qual deve ser o modelo ideal de agregado familiar? Ė evidente que com as dificuldades que passamos não é possivel adoptar certos modelos, mas também há casos em que mesmo o papá tendo condições a regra é “aqui na minha casa ela DEVE contribuir” ou seja, deve tirar dinheiro!
Bem, para terminar quero deixar bem claro que não estou a defender que a mulher não deve contribuir, mas a questão é: Essa contribuição deve ser pecuniaria? Só se pode falar em contribuição da mulher na gestão da casa quando for em dinheiro?Se ela consegue cumprir com os seus deveres, o marido tem sempre a refeições a tempo e horas, roupa limpa e engomadinha, cuida bem das crianças, e da decoração da casa, em suma cumpre na íntegra com os deveres conjugais isso por si só não será um contributo? Ou é um dever? E o homem qual é o seu dever?Ou não tem deveres só contribui?
Em alguns contextos, o modelo ideial de gestão do agregado familar era/é o que preconiza(va) o papá como o sustentáculo, o garante da subsistência e ou da sobrevivencia da ‘casa’ enquanto que a mamã alia(va) a função reprodutora à outras tarefas "menores" tais como cuidar da casa, dos filhos e do marido, portanto, a mulher dependia do homem não só economicamente, como também para tomar algumas decisões importantes da sua vida.
Entretanto, com o passar do tempo devido a necessidade de mão de obra, e não só, a mulher passou a ser integrada no mercado de trabalho o que lhe levou a ter uma certa autonomia, nos tempos da revolução diriamos foi emancipada, e perdoem-se se estiver equivocada, penso que talvez a partir dai começou, consciente ou incoscientemente, a luta pela igualdade de género.
Não se aterrorizem, não é sobre a luta pela igualdade de género que quero falar, aliás não sei muito bem porque razão existe essa luta, quero sim falar dos deveres(?) , obrigações (?) ou contributos(?) do homem e da mulher em relação as despesas da casa.
Como disse anteriormente, o modelo ideial de gestão, para alguns, prevê que o homem é quem sustenta a "casa", porém tendo a mulher a trabalhar e obvimanete com um rendimento deverá ela comparticipar (?) nas despesas da casa? Se sim como deve ser feita a divisão?
Bem, ja estou a ver os rapazes a torcerem o nariz, mas como modelos são sempre modelos com vantagens e desvantagens, e são discutíveis, incluindo este ‘universal’ que tenho vindo a referir desde o princípio, e os que vou apresentar a seguir não são excepção. Para melhor nos entendermos vou apresentar quatro situações possíveis de gestão da casa e apartir delas podemos começar a discutir. Como gosto de culinaria, vou tomar como exemplo uma salada de alface para designar o conjunto de despesas mensais dentro da casa.
Para preparação de uma salada de alface precisamos de no mínimo 6 ingredientes: Alface, tomate, cebola, vinagre/limão, óleo/azeite e o sal. Portanto, estes são os ingredientes sine qua non temos uma salada de alface "normal", simples ou básica, como queiram.
Agora vamos as situações:
Situação A- aqui se prevê que o papá é quem cria as condições para que haja salada em casa, quer dizer compra todos os ingredientes, cabendo a mamã o papel de melhorá-la, dar um incremento, ou seja ao invés de se comer uma salada "normal", come-se uma salada "sofisticada" grega por exemplo, bastando para isso acrescentar as azeitonas cenouras raladas pimentos o queijo feta... Lembrem-se, que o papá já providenciou os ingredientes básicos para que não falte salada em casa. O que estou a dizer é que mesmo que a mamã não incrementasse, ter- se -ia o necesário para viver, porém sem "luxos".
Situação B- Os ingredientes básicos mantêm-se mas, desta vez, o papá só compra o tomate a cebola e a alface! Como podem ver sem oleo/azeite, e sal não há salada, aqui, para que se coma uma salada básica a mamã deve entrar com o que falta.Em outras palavras o casal contribui na mesma, proporção.
Situação C- Bem, aqui o papá apenas quer a salada na mesa a tempo e horas, não comprou nem o sal!Alias sobre ele não me vou alongar, é caso de cadeia...
Situação D- Nesta o Papá banca tudo! Desde a alface passando pelas azeitonas até o queijo feta. A mamã é responsável pela gestão da casa e ao mesmo tempo trabalha fora, com os seus rendimentos faz o que bem entende, cuida dos seus cabelos, unhas, cuida da decoração da casa, (cortinas, lençóis, vasos, toalhas, enfim uma série de coisas que certos homens acham insignificantes), e se sobrar até faz um xitique p’ra comprar a loiça de sonho enfim....
Agora rapazes e raparigas qual é forma de gestão mais eficaz? Não, melhor perguntar assim: Nos dias de hoje, onde temos mulheres a trabalharem fora de casa, qual deve ser o modelo ideal de agregado familiar? Ė evidente que com as dificuldades que passamos não é possivel adoptar certos modelos, mas também há casos em que mesmo o papá tendo condições a regra é “aqui na minha casa ela DEVE contribuir” ou seja, deve tirar dinheiro!
Bem, para terminar quero deixar bem claro que não estou a defender que a mulher não deve contribuir, mas a questão é: Essa contribuição deve ser pecuniaria? Só se pode falar em contribuição da mulher na gestão da casa quando for em dinheiro?Se ela consegue cumprir com os seus deveres, o marido tem sempre a refeições a tempo e horas, roupa limpa e engomadinha, cuida bem das crianças, e da decoração da casa, em suma cumpre na íntegra com os deveres conjugais isso por si só não será um contributo? Ou é um dever? E o homem qual é o seu dever?Ou não tem deveres só contribui?
Que modelo seria ideal se é que existe algum?
PS: O post é da Yndongah, tive que ser eu a publicar porque ela está com problemas de net.
PS: O post é da Yndongah, tive que ser eu a publicar porque ela está com problemas de net.
3 comentários:
Ximbi, interessante.
Para complexificar ainda mais as coisas, coloquem o Papá no lugar da mamã e a mamã no do Papá e vejam se não dá uma salada de papeis sociais ou de expectativas onde não sabemos o que esperar de quem? Bom, o que me parece assente é que vivemos uma era de re-negociação dos significados e das expectativas (desses papeis sociais) do que é estar/ ser papá ou mamã. As formas sociais desses papeis estão a passar por uma verdadeira revolução.
Abraço
Quando abri este campo de comentários tinha, em mente, a ideia que o Patrício transmite aqui (sem aquela inicial de complexibilizar hehehehe) por isso nem vou repitir. Gostaria é de estar vivo quando se atingisse o "consenso" nesta renegociação. Isto é, gostaria de viver o pós revolução (se é que esta terminará algum dia)
Bom fim de semana
Ops, ops! A obra é exclusiva da Yndoh, apenas fui em socorro dela devido a questoes tecnologicas. Ainda assim, acho interessante essa abordagem que voces, Patricio e Mutisse, apresentam: a troca de papeis!
Mas, nunca ninguem me responde a essa questao, porque so troca de papeis na hora de pagar contas?
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