segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vestindo o pé


A olho nu, pode-se dizer que o tipo de calçado usado é indicador da classe social de quem o calça, em particular na ala feminina. Por exemplo, os chinelos “pipoca” ou havaianas, são tipícos de pessoas da classe baixa. Na classe média, calça-se um sapato com salto médio ou minissaltos, sandálias rasas e chinelos. O sapato de “bico, biqueira ou picareta”, tipo aranha-céu, é calçado pelas mulheres da alta sociedade.

As “pipocas”, ideiais para uso dentro de casa, na praia ou piscina são práticas para quem vive nas zonas periféricas: calça-se de casa a paragem e depois se pode calçar outro tipo de sapato sem se carregar uma tonelada de areia. No entanto, as pipocas tem um inconveniente se levarmos em conta o piso que “pisam”, incluindo o pavimento das cidades: os pés sujam-se facilmente devido as poeiras e outros dejectos.

Na classe média, talvez por força da oferta semanal garantida pela realeza dos sapatos (chinelos e sandálias), mais de metade da cidade arrasta os pés “chinelada”. Já nem se olha ao momento ou espaço, o chinelo está presente em todo o lado. Na classe alta, porque o mulherio tem como se deslocar confortavelmente, não corre o risco de se cansar ou torcer o pé no pavimento levantado, por isso o sapato com salto alto é que reina.

Os homens não entendem como uma mulher pode ter tanto sapato, de todas as cores e feitios. Ultimamente, em que o básico branco-preto-castanho-creme serve apenas para combinar com a toillete nessas cores, mais dificil ainda fica perceber. As combinações são feitas tendo em conta um todo: a roupa (o material também entra no jogo das combinações), a bolsa ou carteira e os acessórios.

Botas (com franja, zíper ou atacadores, rasas ou com salto, cano alto ou curto, para chuva ou para machamba), mocassins, salto alto (plataforma, fino ou grosso), sapatilhas, sandálias, chinelos (“pipocas” ou havaianas, de praia ou de passeio) são alguns dos exemplos comuns de sapato. Monocolores, bicolores, tricolores ou simplesmente coloridos, envernizados, em plástico, em couro, em fibra sintética, de tudo há um pouco.

Desde sempre pisado e por isso, metaforizando, humilhado, o sapato serve para proteger o pé. Conhecido como a paixão da mulher, o sapato, por ter contacto directo com o chão é objecto correcto no pé e indigno quando lançado à cara de alguém. Que o digam as personalidades G. Bush, que tão bem esquivou a sapatos e hoje é figura de jogos, e Wen Jiabao.

Com o advento do second hand, comprar sapatos ficou ainda mais fácil, o que quase faz cair em saco roto a teoria avançada segundo a qual o tipo de sapato identifica a classe social. Muita gente, de todos os extractos sociais, compra no dumba-nengue, nas ruas, nos txova-xita-duma, para além de outros produtos oferecidos por este comércio em franco crescimento, sapatos de todos os tipos, feitios e cores.

Mas, do mesmo modo que o sapato é um item imprescíndivel para a toillete, também pode ser perigoso para a integridade fisíca de quem o calça: um centímetro a mais pode ter consequências incalculáveis na coluna e na estabilidade fisíca. Um número pequeno pode provocar bolhas dolorosas e desconforto total. Um sapato pesado exige muito esforço na hora de caminhar e, no fim da performance, decerto que o corpo se queixará.

Se gosta de salto alto, que tenha muitas tiras ou tiras grossas para prender o pé, pois devido ao salto, o peso do corpo faz-se sentir nos ossos dos dedos. Sapato ou sandália alta, habitualmente eleitos para casamento, não estão com nada se tiverem uma só tira e fina. As mulheres disso sabem apenas teimam em ficar chiques, sentadas, mal dançam e, no fim da cerimónia, arrastam os pés ou descalçam-nos de tão maltratado e doridos que estão.

Assim, na hora de escolher o sapato, experimente-o no fim do dia, em que o pé está inchado pois essa de que com o tempo o pé se vai habituar pode sair para torto. No dia-a-dia, tente usar sapatos diferentes, não somente na cor, mas no estilo e no material de modo a que os pés não sejam continuamente punidos num mesmo local. Não custa nada e os pés agradecem!

Sapato daqui

2 comentários:

Yndongah disse...

Pois é irmã, os sapatos elevam a sensualidade feminina.
Independentemente da classe social são poucas as mulheres que têm apenas um par, muitas até chegam a ter uns iguais aos outros.
Eu adoro ver mulher de salto alto, bico fino, principalmente kdo tem um pé lindo, torna o sapato ainda mais lindo, kdo o pé é menos bonito o sapato até mete pena.
É por isso que eu prefiro tennis ou sapato fechado e raso, acho o meu pé grande e com feições grosseiras, sapato alto só plataforma naqueeeela ocasião e olhe lá!

Avid disse...

Hehheeh...meu tema favorito: SAPATOS!

Pois...pois... precisamos ter aos montes, não necessariamenta para usa-los todos, mas para saber que estão lá para se por um acaso precisarmos.

Pessoalmente adoro os tipos e feitios preferindo sem duvida as sandalias e chinelas que mostrem os dedos. Acho que tenho os pés lindos (modestia parte) e adoro exibir as minhas unhas bem pintadas contrastando com o calçado.

Sofri um acidente de carro a uns meses atrás e estou proibida de usar salto alto nos próximos tempos o que me deixa tristinha, mas as famosas lojas de classe média já oferecem rasteirinhas nos seus variados tipos para quem aposentou por uns tempos os saltos.
Meninas...falemos das havaianas!!! São um show de conforto e ficam bem em qualquer domingo ou sábado a tarde hehehe... e por incrível que pareça até as vejo nas discotecas!!!

Resumindo acho que cada sapato conta a sua história e por isso são sempre essenciais.

Bjs meus